Vivemos em uma era em que desejamos não só trabalhar, mas trabalhar com algo que nos mova, que tenha um propósito maior do que apenas um emprego. O significado do trabalho mudou muito nesta última década, principalmente nos últimos 5 anos.
Crescemos com crenças limitantes, como por exemplo, que deveríamos exercer somente profissōes que nos garantam estabilidade financeira. Até pouco tempo atrás muito pouco, ou nada, se falava de fazer da sua vocação o seu trabalho. No momento atual em que vivemos, temos mais liberdade de pensar sobre o assunto e refletir sobre qual é o nosso propósito.
O tão sonhado propósito, porém, vem com pressão: a de se encontrar a vocação cedo na vida, logo após a adolescência.
Jay Shetty, um britânico que estudou Business na Universidade e largou tudo para virar um Monge na India por 3 anos, diz:
" Nos sentimos pressionados pela agenda dos outros. Pelo sucesso e conquistas de pessoas ao nosso redor, ou pior, pela noção de sucesso de pessoas desconhecidas que vemos nas mídias sociais. O maior conselho que lhes posso dar é: lhe dê permissão para respeitar o seu tempo. Se permita entender que encontrar a sua vocação e sua paixão leva tempo. Para algumas pessoas isso acontece aos 20, 30 anos, para outras 40 ou 50. Mas o seu melhor ainda está por vir."
As vezes iniciamos nossa vida adulta sonhando com uma profissão X, mas com o passar dos anos somos surpreendidos pela mudança de interesses e foco, e muitas de nós acabamos mudando de carreira não só uma, mas diversas vezes.
Eu mesma acreditava que queria ser arquiteta. Cursei alguns anos de faculdade, para então descobrir que arquitetura não poderia fazer parte dos meus planos pois não entendo matemática. Depois quase finalizei a faculdade de Direito, mas fui surpreendida pela vida que me trouxe para o Canadá, onde me tornei professora infantil, depois dona de uma escola e agora, fundadora de uma startup para mulheres empreendedoras.
Hoje sinto que cheguei no meu propósito, mas levei 39 anos para encontrá-lo. Acredito que meu propósito tenha sido regado por meus hobbies e estes, por sua vez, regados pela característica de personalidade em ter prazer em ajudar, em compartilhar dicas. Que diria que gostar de dicas me faria encontrar a minha missão?
Conclusão:
Nunca é tarde para ouvirmos nosso coração e para que possamos deixar a vida nos levar para onde nossos interesses pareçam pender no momento. Não há idade ideal para mudar de idéia e iniciar uma nova estrada.